Marketing Político: as tendências para as Eleições 2022
Uma das Leis da guerra é conhecer o ambiente onde a batalha será travada. Em eleições o ambiente também é determinante. Porque a disputa acontece em um contexto, uma conjuntura política, social, econômica, local, regional, estadual e nacional, todos esses fatores influenciam diretamente nos resultados das eleições.
O marketing político tem a função de captar dados e interpretar o ambiente para criar o conceito e narrativa de campanha que serão trabalhados como um fio-condutor até o dia das eleições e readaptado durante o mandato.
No Brasil, é comprovado por pesquisas e resultados que a tendência em eleições é que a Economia dite o rumo. Se a economia vai bem e a vida está boa, o governo continua; se a vida piorou, o governo muda. Esse padrão está diretamente ligado ao segundo instinto humano, o de preservação da espécie, nesse caso, a alimentação.
Fundão
Os partidos terão um papel fundamental na distribuição dos recursos. Os candidatos que desejam receber parte desses recursos deve chegar na convenção com a campanha “afinada’’ e pronta, para mostrar potencial, caso contrário, melhor não contar com recursos do fundo.
Internet
Se há 10 anos o investimento em internet era de 10% da campanha, esse valor deve ser quadruplicado. Já que o público está conectado.
- O candidato não deve apostar tudo nas redes e sim usá-las como uma extensão da campanha, um diário, reforço de valores, narrativa e causas.
- O candidato deve humanizar-se ao máximo.
- As redes devem entreter, informar e criar conexões.
Bolsonaro
Enquanto Bolsonaro vai para a reeleição com a popularidade em baixa nas pesquisas, terá a máquina nas mãos e isso é uma força. Porém terá o desgaste do mandato, da gestão da pandemia e agora da crise das chuvas na Bahia.
O Auxílio Brasil deve melhorar a popularidade do presidente em redutos petistas.
Lula
Líder nas pesquisas, está com a narrativa pronta desde 2018, agora vai focar as mensagens no combate à fome, aos problemas do governo e à nostalgia de seus ‘áureos tempos’.
Moro
Vai seguir a narrativa que é a terceira via ou a melhor alternativa. Usa seu histórico de vida como base e alavanca do discurso de combate à corrupção. A dificuldade é que a Lava-Jato acabou e saiu dos holofotes. Ele e suas equipe terão o trabalho de ressuscitar esse tema e os sentimentos provocados por ele.
José Alberto Conte Junior
Jornalista – Especialista em Marketing Político